Texto baseado no artigo encontrado no endereço abaixo:
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Dr. Nazareno Fernandes
17 mar, 2022 | Leitura de 1 min
As úlceras de pressão (UP) são definidas pelos painéis consultivos americano e europeu em úlceras de pressão ( NPUAP e EPUAP) como “ lesões da pele e/ou tecido subjacente geralmente sobre uma proeminência óssea como resultado da pressão, ou a combinação da pressão com força de cisalhamento ou fricção com a superfície.” O autor do artigo base para confecção deste texto, Dr. Agrawal, cirurgião plástico do Hospital Safdarjang, em New Delhi, India, propõe a seguinte modificação na classificação: “ área de necrose tecidual isquêmica, localizada, causada por pressão prolongada, superior à pressão capilar, com ou sem cisalhamento, relacionada à postura que favorece esta pressão elevada geralmente sobre as proeminências ósseas(*).” Embora muito semelhantes à definição da NPUAP e EPUAP, a definição de Agrawal contempla uma variável que pensamos ser o elemento chave na fisiopatologia das UP: o tempo de exposição.
As UP de pressão têm uma etiologia multifatorial, como por todos é sabido. Embora saibamos que as condições do paciente importam, como comorbidades, idade, estado nutricional, dentre outras, devemos admitir que a fisiopatologia das UP repousa fundamentalmente na interrupção da chegada de nutrientes e oxigênio ao tecido submetido à pressão da superfície em que se deposita. Também sabemos que a isquemia é uma função do tempo, conforme a suscetibilidade tecidual. Por exemplo, 6 minutos de isquemia para o cérebro pode ser fatal, não se pode dizer o mesmo para um músculo estriado. Neste sentido, todas as condições clínicas que privam o paciente de mobilidade, principalmente as de cunho neurológico, como Alzheimer e paraplegias, multiplicam a possibilidade de aumento do tempo de isquemia nas áreas expostas à pressões elevadas nas superfícies depositadas.